quinta-feira, 26 de maio de 2016

Novo Primeiro Ministro do Governo da Colcha de Retalhos "Tchapatchapa"


Segundas as fontes próximas da sua Excelência Sr. Presidente da República e pessoas de confiança do novo Primeiro Ministro Dr. Baciro Djá, o Decreto Presidencial que vai nomea-lo na qualidade Primeiro Ministro da Guiné-Bissau pela segunda vez, vai sair hoje depois da auscultação da sua Excelência Sr. Presidente da República aos partidos Políticos com Assento Parlamentar.

Porque dessa decisão: No dia 21 de corrente mês, Sua Excelência Sr. Presidente da República da Guiné-Bissau, notificou PRS partido líder da oposição para apresentar uma proposta com vista a nomeação do novo Primeiro Ministro, tudo indica que a decisão da nomeação de Dr. Baciro Djá, será sim uma proposta do PRS.

Isso quer dizer que PRS indicou o Dr. Baciro Djá para liderar o próximo Governo, que segundo Secretário Geral Eng.º Florentino Mendes a proposta vai ser para cumprir a legislatura toda. 

O Pensador Guineense 

terça-feira, 24 de maio de 2016

Líder do PAIGC acusa PR de receber 13 milhões de dólares para exploração de Bauxite




O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) acusou o Presidente da República de ter recebido 13 milhões de dólares em nome do governo para a exploração de Bauxite e de ter exportado catorze contentores de área pesada.

Domingos Simões Pereira falava sábado num comício popular em Bissau, tendo acrescentado que foi o José Mário Vaz quem trouxe um barco de “ grande porte” que está a devastar o pescado nacional.

“O Presidente da República é o responsável pela exportação de grande quantidade de madeira que foi interceptado pelo governo. É óbvio que o ladrão não pode representar um povo. Vamos continuar a lutar contra a ditadura e acabar com o sofrimento do povo guineense”, prometeu Simões Pereira.

O Presidente do PAIGC convidou
José Mário Vaz a levantar a sua imunidade enquanto Chefe de Estado para esclarecer as acusações de que é alvo no fórum judicial.

“O Presidente da Republica ordenou a retirada da Bandeira Nacional em frente do Palácio da Republica em detrimento da bandeira do Marrocos com propósitos de mendigar esmola ao Rei de Marrocos, desrespeitou o Hino Nacional ”, enumerou Simões Pereira.

O líder do PAIGC manifestou a sua confiança na Força Armada Guineense, tendo sublinhado que eles estarão ao lado da verdade e não da “violação sistemática” das leis. 

ANG/AALS/SG

PRS nega que tenha recusado ao convite do PR para formar um novo governo



O Partido da Renovação Social (PRS), negou  hoje as informações postas a circular no site do jornal “O Democrata” segundo as quais o partido  irá recusar ao convite do Presidente da República para a busca de uma solução governativa para o país com  vista a ultrapassar a crise política vigente.

O Porta-Voz do PRS, Victor Gomes Pereira, disse à Agência de Notícias da Guiné-ANG  que a sua formação política já reagiu atraves de  um desmentido formal à essas informações avançadas pelo site de O Democrata.

Victor Gomes Pereira garantiu que neste momento, o PRS está reunindo o seu órgão executivo para a procura de uma solução governativa para a actual  crise política que se vive no país.

Na sua edição "on line" de segunda-feira o Jornal O Democrata citando um membro da Comissão Executiva do PRS afirmava que o PRS iria declinar ao convite do Presidente da República  para encontrar uma soluçao governativa com sustentabilidade parlamentar..

De acordo com aquele jornal, a fonte justificava essa posição com o facto do PRS não ter ganho as últimas eleições legislativas. 

“Não podemos em circunstancia alguma assumir a chefia do governo. Todavia o PRS está disposto a participar numa solução da crise", disse  a fonte ao O Democrata. 

ANG/FGS/SG

terça-feira, 10 de maio de 2016

Partidos com assento parlamentar pedem eleições legislativas antecipadas




Bissau, 10 mai. 16 (ANG) – Os partidos políticos com assento parlamentar exortaram hoje ao Presidente da República no sentido convocar eleições legislativas com vista a resolução da crise política vigente no país.
A intenção dos partidos políticos com assento parlamentar foi manifestada  durante a sessão de auscultação promovida pelo Presidente da República com vista a encontrar uma saída para a  crise política que se vive na Guiné-Bissau.

 A saída da audiência com o chefe de Estado, o Presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), Domingos Simões Pereira disse que exortou ao José Mário Vaz para a dissolução da Assembleia Nacional Popular(ANP) e a transformação do actual executivo em governo de gestão e a convocação da eleição legislativa por forma a desbloquear a situação da crise na (ANP).

Segundo  Domingos Simões Pereira,  o PAIGC nunca teve  dúvidas de que a única razão da crise era e é porque o Presidente da República quer governar e concentrar todo o poder e competências  das outras instituições da República nas suas mãos.

Por sua vez, o porta-voz do Partido da Renovação Social(PRS), Victor Pereira disse que a sua formação política apoiaria todas as decisões que forem tomadas em função do interesse do país e do povo guineense.

Segundo o líder do Partido da Convergência Democrática(PCD), Vicente Fernandes, face a esta situação de ausência de compreensão na ANP, as soluções passam pela demissão do governo, dissolucao do parlamento e convocacao de  eleiçoes legislativas antecipadas.

“No nosso ponto de vista, a melhor solução é dissolver a ANP e devolver ao povo o poder de escolher os seus dignos representantes, porque a demissão do governo não resolverá o problema, porque manter-se-á na ANP a desordem que tem persistido”, referiu.

Para o Presidente do Partido da Nova Democracia(PND) Iaia Djaló o Presidente da República deve usar das suas prerrogativas e fazer respeitar a Constituição e as leis e desbloquear o país o mais rapidamente possível.

Iaia Djaló referiu que o actual governo não tem um Orçamento Geral de Estado, não tem um Programa de governação e a sua legitimidade ainda não é plena.

“Tem     que haver respeito pelas leis, pois as leis da República são claras quanto a isso. É por isso que na democracia temos as instituições e os poderes do Estado bem definidos”, defendeu.

No entanto, disse que não é oportuno dissolver a Assembleia Nacional Popular. Defendeu a distituicao dos deputados, “porque eles é que estao a bloquear a ANP”.

Por sua vez, o líder da União para Mudança, Agnelo Regal, referiu que a solução da crise seria a convocação das eleições legislativas antecipadas devolvendo o mandato ao povo para que decida quem deve ter a maioria para dirigir o país.

ANG/FGS/ÂC/SG

Empresário Braima Camará reclama ser proprietário do futuro parque Urbano de Nbatonha



Braima Camará
Bissau,10 Mai 16(ANG) - O empresário Braima Camará afirmou ser o proprietário do espaço onde se projecta a construção do Parque de Nbatonha no centro da cidade de Bissau.

Em declarações à imprensa momentos após o lançamento oficial da primeira pedra para a construção do futuro Parque Urbano, Braima Camará sublinhou que adquiriu o referido terreno em hasta pública em 1999, na altura em que Francisca Vaz Turpin(Zinha Vaz) era a Presidente da Câmara Municipal de Bissau, através do Banco Tota & Açores.

Braima Camará informou que na sua qualidade do dono do espaço nunca foi informado sobre a execução das obras, tendo considerado o acto de uma humilhação.

"A questão vai constituir mais uma batalha judicial e que vai aquecer nos próximos tempos", garantiu o empresário que promete, para breve, uma declaração pública sobre o caso.

Por sua vez, o Presidente da Câmara Municipal de Bissau, disse que devido o valor ecológico do referido espaço não se pode fazer nenhuma construção ali, porque deve ser preservado como zona húmida.

"O espaço joga um papel muito importante na capital Bissau nomeadamente no impedimento de infiltração de água para os bairros de capital", afirmou, Adriano Ferreira.

Perguntado se a construção do projecto de Parque Urbano de Nbatonha é de facto irreversível, o Presidente da CMB, respondeu que isso não vai parar a não ser que o Estado perde os seus valores.

"O Estado pode fazer expropriação do espaço que é do interesse público e que vai ser valorizado por uma outra dimensão e que pode melhor reflectir em imagem e necessidade da população", explicou.

Aquele responsável disse que avisaram o empresário Braima Camará de que a Câmara Municipal de Bissau dispõe de um outro terreno em boas condições para lhe compensar em troca do espaço de Nbatonha.
ANG/ÂC /SG 

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Espaço de concertação política dos partidos defensores dos valores democráticos PAIGC PCD UM PUN MP PST






Conterrâneos, Irmãos e Camaradas

O espaço de concertação política dos partidos defensores dos valores democráticos, que congrega o PAIGC, o PCD, a UM, o PUN, o MP e o PST, tem-se mantido atento ao desenrolar da situação política prevalecente no país e,

Em face dos acontecimentos mais recentes, nomeadamente os acórdãos 1,2 e 3 do Supremo Tribunal de Justiça, a situação de bloqueio político e funcional que se vive no hemiciclo da Assembleia Nacional Popular e, a “Audiência para auscultação” convocada pelo Presidente da República,

Vem partilhar a sua leitura da atualidade política e tornar público o seu posicionamento.

Assim,

Constata que, a decisão unilateral do Presidente da República em demitir o Governo constitucional do PAIGC em Agosto de 2015 foi de facto uma medida precipitada e pouco refletida, contrária aos interesses do país e cuja persistência de sustentação está a minar as bases de confiança da sociedade e ameaça pôr em causa todos os fundamentos de uma sociedade democrática.

Aliás, a própria argumentação que sustentou a decisão de demissão do governo, a corrupção e o nepotismo, logo consumada a intenção é abandonada pelo próprio Presidente. Ou seja, que na realidade é a própria demissão que despoleta a crise correspondendo à intenção e propósito pessoal de um só homem.

A transferência do epicentro da crise para a ANP foi simplesmente uma nova fase da procura incessante do Presidente da República em comprometer o regular funcionamento das instituições para de seguida utilizar esse pretexto para reclamar para si todas as competências dos demais órgãos da soberania.

Para esse efeito, o ponto de partida tem de ser estabelecido com base em premissas coincidentes com os princípios da nossa escolha democrática:

§  Reconhecimento e respeito da vontade do povo: De acordo com essa vontade expressa nas urnas, há um Presidente eleito e um partido maioritário na ANP, o PAIGC e um governo que dele emana;

§  Cumprimento integral da Constituição e das Leis: O nosso sistema politico está desenhado de forma a que, enquanto órgãos da soberania, o Governo seja o poder executivo, a Assembleia o legislativo e o STJ o judicial, reservando ao Presidente da República o papel de moderador e facilitador do todo o jogo político;

§  Observância da separação dos poderes entre os órgãos da soberania: o respeito escrupuloso do limite das competências, sem prejuízo da complementaridade e cooperação institucional, sempre mantendo o Presidente da República como árbitro e facilitador do funcionamento do sistema.

Nesta dinâmica societária, a carta magna (a constituição) é o documento que reúne o conjunto de escolhas feitas pelos cidadãos, em liberdade e de forma soberana, traduzidas em lei e para o qual assumem total e incondicional adesão e cumprimento.

Por outro lado, tanto os órgãos de soberania como os instrumentos legais (a constituição em primeiro plano) têm a função e a vocação primárias de facilitar, assegurar fluidez e funcionalidade do sistema e evitar o bloqueio.

Com base nestes pressupostos:

1.   Que razões objetivas podem levar o Presidente da República a abandonar o seu papel de moderador, facilitador e árbitro para entrar no jogo e assumir partes no processo?

Será simples coincidência que no início da legislatura o Presidente tenha afirmado não ter nenhuma responsabilidade na escolha do elenco (quem diz que devia ter?) e na formação do segundo governo venha recusar a confirmação de dois elementos propostos pelo Chefe do Governo, sem apontar razões objetivas para a recusa? Curiosamente é o próprio Presidente da República que agora aponta a falta destes dois elementos como mais uma fragilidade do governo.

O Presidente da República que evocou em várias ocasiões o apelo ao diálogo e à procura de soluções politicas, há cerca de 2 meses se recusa a receber o Primeiro-ministro e a realizar as audiências semanais. Contudo, mantém contactos regulares e permanentes com o grupo dos 15 e a liderança do PRS.

Se a situação dos 15 se iniciou como um problema do PAIGC, como é que de repente se transformou numa agenda do Presidente da República?

Se lesados nos seus direitos, os militantes do PAIGC sabem dispor de mecanismos internos para a resolução dos contenciosos, como já aconteceu no passado com outros militantes e dirigentes, ao invés de procurarem o patrocínio do Presidente da República.

2.   A que propósito, um partido politico, por sinal o segundo maior do país, se imiscui em assuntos internos do PAIGC e se alia ao Presidente da República e a um grupo de 15 dissidentes que traíram o próprio partido, para patrocinar um golpe institucional e, com base em arranjos sem bases legais, aceder ao poder e pretender exercê-lo de forma inconstitucional?

O PRS assumiu de forma explícita e pública nos seus comunicados, que recusou as propostas de diálogo politico e o estabelecimento de compromissos, propostos pelo PAIGC, “porque quer ser a alternativa governativa”. Lamentamos, mas isto é um golpe e não uma proposta de solução.

O PRS fez parte do governo de inclusão promovido pelo PAIGC, da sua livre e espontânea vontade, no início da legislatura e juntos, estes dois partidos e outros convidados para o efeito, foram capazes de assegurar a estabilidade e promover importantes entendimentos, dentro e fora da ANP.

Se durante o primeiro ano de governação, se conseguiu a aprovação por unanimidade de todos os instrumentos de legitimação, grandes ganhos no desempenho do executivo e a própria mesa redonda de doadores, estes se devem a ação inclusiva e ao respeito da ordem democrática;

Então o bloqueio atual, a onda de greves, a disfuncionalidade da ANP são responsabilidades de quem promoveu a cisão, a rutura e a perda de confiança entre as entidades e instituições.

Assistiu-se no parlamento à tentativa de submissão, a todo o custo, de uma moção de censura, curiosamente datada de 3 de maio. Ou seja, à data do posicionamento do Presidente da República e da retoma dos trabalhos da ANP, numa altura em que a bancada do PRS mais os 15 reclamava a aprovação da ordem do dia, já havia a intenção de provocar a queda do governo, servindo tudo o resto de camuflado e argumento para desviar as atenções.

Os partidos são entidades políticas e carecem da legitimidade do mandato popular pelo que, havendo dúvidas, estas devem levar incontestavelmente à devolução da palavra ao povo.

Já se havia alertado para a necessidade do Presidente da República, no exercício da sua magistratura, manter liberdade e independência, ser imune às pressões e aos condicionamentos. Hoje é evidente que o Presidente está refém do grupo criado por ele próprio, formado pelo PRS e pelos 15 que reclamam atendimento e satisfação dos seus interesses pessoais, impondo ao Presidente a assinatura do decreto de demissão do governo e entrega do poder ao PRS e aos 15;

Nenhum cidadão guineense terá dúvidas nesta altura de que a crise está instalada é na ANP, impedida de funcionar em plenário. Todavia, a mesa da Assembleia é eleita para uma legislatura e por indicação do partido maioritário. Assim sendo, toda e qualquer cosmética resultará num bloqueio do funcionamento deste incontornável órgão. Ora, apesar da clareza desta situação, porque o propósito do Presidente é saldar dívidas pessoais, insiste em ignorar as causas e ataca os efeitos – “não quer dissolver o parlamento (pelo menos por agora) e vai tentar é mudar o governo” mesmo sabendo tratar-se de uma violação flagrante (já julgada pelo STJ). O Presidente da República prefere que a dissolução da ANP aconteça num segundo momento para tentar que o seu governo, ilegal e inconstitucional se transforme em governo de gestão.

Constatamos finalmente, que o Presidente da República não possui neste momento nenhuma solução para o problema do país e, a grande maioria dos cidadãos o reconhece como o promotor e principal responsável pela crise politica que subsiste e se agudiza no país, com elevados riscos políticos e sociais.

Aqui chegados, a dissolução do parlamento por parte do Presidente da República e a convocação de eleições antecipadas não é uma opção e direito facultativo, antes um poder dever. Esse é o mecanismo imperativo que lhe está reservado para desbloquear o processo e assegurar o funcionamento do sistema.

Concluímos por isso que na impossibilidade de uma solução política justa e dentro do quadro constitucional, existe o imperativo de imediata dissolução do parlamento, conversão do atual governo em governo de gestão e a convocação de eleições antecipadas (gerais de preferência).

Isto permitiria um novo (fresco) recomeço, poupar o país do enorme desgaste económico, politico e social a que está submetido, salvar os compromissos de Bruxelas e legitimar os novos órgãos para o início de uma nova legislatura.

O espaço de concertação política dos partidos políticos defensores dos valores democráticos lança um forte alerta para a obrigação do PR em respeitar os princípios democráticos aqui descritos e dissecados, e que o Senhor Presidente da Republica se abstenha de qualquer intenção de subverter a ordem democrática e os direitos conquistados, e a pretensão de retirar o poder ao PAIGC para o entregar ao PRS, sob pena de agravar o quadro politico e a sua responsabilidade por toda situação.

O espaço de concertação política dos partidos políticos aqui reunidos, apela a todos os atores, aos guineenses no país e na Diáspora, e à Comunidade Internacional, a estarem vigilantes no sentido da salvaguarda da democracia hoje altamente ameaçada na Guiné-Bissau. "

Feito em Bissau aos 9 dias de maio de 2016.

O espaço de concertação política.

PAIGC, PCD, UM, PUN, MP e PST