Antigo Chefe do Estado-Maior das Forças da Guiné-Bissau é apontado como sendo líder da tentativa de golpe de Estado de Outubro de 2012.
O antigo Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau Zamora Induta foi formalmente acusado pela procuradoria militar de crimes de terrorismo, alteração da ordem constitucional e homicídio, pelo seu envolvimento na tentativa de golpe de Estado de 2012 que deixou vários mortos.
Os advogados do contra-almirante, preso há um mês no quartel de Mansoa, nos arredores de Bissau, estão reunidos nesta sexta-feira para começar a preparar a defesa com vista ao julgamento cuja data não foi ainda marcada.
A defesa de Zamora Induta não recebeu também qualquer resposta ao pedido de habeas corpus feito junto do Tribunal Supremo Militar a 5 de Outubro.
Na altura, em conversa com a VOA, um dos advogados do contra-almirante, José Paulo Semedo justificou o pedido com o facto de Zamora Induta estar “muito debilitado”, o que o impede de ficar na prisão.
Semedo afirmou que o tribunal tinha um prazo de 24 horas para enviar o pedido ao Supremo Tribunal de Justiça, que, depois, teria de decidir em 48 horas, o que não aconteceu.
Semedo garantiu não haver provas contra o antigo Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas.
José Zamora Induta é assim actualmente o único acusado no caso do tentativa de golpe de Estado de 21 de Outubro de 2012.
Várias pessoas, entre elas o líder do ataque ao quartel dos "boinas vermelhas" em Bissau, capitão Pansau N'Tchama, ex-guarda costas de Zamora Induta, que o denunciou como sendo o cabecilha do golpe, foi alvo de um indulto presidencial de José Mário Vaz em 2014.
Fonte VA
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