A Pátria
se constrói na base de união, amor, paz e patriotismo, não com mentiras,
conspirações, intrigas , cobiças assassinos dos supremos ideais políticos
duma Nação, para alimentarmos pura e simplesmente o nosso ego pessoal e as
nossas ambições mesquinhas de querer fazer história!
Os
problemas com que a Nação Guineense tem vindo a debater ao longo de todos os
períodos conturbados da sua governação esta no problema de postura, de respeito
pela dignidade humana e de amor ao próximo e até mesmo dos esforços consentidos
pelos melhores filhos do nosso povo, muitos dos quais irrigaram com o seu
próprio sangue os árduos caminhos que conduziram a nossa independência,
conquistando com as suas próprias vidas um hino e uma bandeira que hoje
desfralda livremente nos céus da nossa Pátria amada símbolo da nossa liberdade
e identidade!
Viva a
Pátria Gloriosa! Floriu nos céus a bandeira da luta, nos vamos construir na
Pátria imortal a Paz e o Progresso! Este é um processo que ninguém pode travar!
Os que não tiveram a oportunidade de participar na luta, pelo menos hoje tem a
nobre tarefa de participar na reconstrução da Pátria! Tio Bernal pagou o seu
quinhão! Que cada um faça como ele!
Cabe a
educação militante despertar em nós o verdadeiro sentido patriótico, um
sentimento de orgulho, de devolução dos nossos direitos anteriormente
espezinhados e devoção à Pátria.
E, aos
seus símbolos ( bandeira, hino, respeito para os nossos heróis nacionais, para
as datas comemorativas que marcaram os períodos importantes da nossa história e
vida do nosso povo! E com isso fazer a história, partindo da nossa própria
história respeitando a nossa própria identidade como Guineenses, como
africanos!). Daí é que servir o país é sinônimo de abnegação, unidade e
solidariedade social com todas as forças vivas da nação na honestidade,
sinceridade e respeito mútuo uns para com os outros.
Os que
presidem e governam a nação, devem amar o povo e ser solidários com os seus
compatriotas, e respeitar o que é nosso, à nossa Pátria Mãe, que nos torna um só
povo, ramos dum só tronco, uma só nação.
O
idealismo patriótico é lutar sem cessar para um futuro melhor e próspero dos
nossos filhos, e para as gerações vindouras, como disse Cabral, “as crianças
são as flores da nossa luta e a razão do nosso combate”. Foi exatamente o que
disse a minha mãe na conversa que tive com ela na semana passada de que, ela
tinha três anos de idade quando Cabral foi a casa da sua mãe ou seja minha avó,
para se despedir dela em secreto dizendo-lhe de que ia partir para a luta, e tomando
a minha mãe nos braços disse para a minha avó, é por causa destas crianças que
vou para a luta, hipotecando a minha vida, para que amanhã elas possam ser mais
livres e tenham um futuro melhor! Eu diria que, o gesto de Cabral, foi motivado
pelo seu amor à Pátria e ao seu Povo, por isso serviu o seu país ao preço da
sua própria vida e, solidarizou-se com os seus compatriotas! Outrossim, a
história nos ensina que a união faz a força, e nos adverte para minimizar as
nossas ambições pessoais e ultrapassar as nossas diferenças, na busca de
objetivos comuns mais nobres e mais altruísticos, tais como: a paz, unidade
nacional, estabilidade progresso nacional e amor fraternal.
Este é o melhor caminho a seguir para
construirmos a nossa Nação rumo ao desenvolvimento. Oportunidade e partilha de
bens e serviços, também e o dever patriótico. Para isso, devemos ser fiel as
nossas convicções e, deixar de lado o que nos separa. Devemos basear as nossas caçoes
na solidariedade, honestidade, sentido de dever, trabalho de equipa e
reconhecimento dos esforços dos outros no cumprimento das suas funções.
Isto já é um gesto de encorajamento e de motivação
entre concidadãos. Devemos seguir todos juntos na mesma direção, para podermos
progredir para frente, sem causar obstáculos e atropelos ao nosso próximo só
com a simples ambição de podermos fazer um NOME, granjear um título, fazer-se
Rei que quer ser adorado e admirado por todos outros! Devemos sim, promover e
dar oportunidades aos que são capazes de contribuir para uma Guiné-Bissau
melhor! Mas isso, sem mentiras, calúnias e nem intrigas.
Como filhos duma mesma nação, ramos do mesmo
tronco, olhos da mesma luz, devemos disciplinar os nossos ensejos e
comportarmo-nos conforme mandam as regras da deontologia cívica e moral entre
os irmãos da mesma Nação.
Nós como pessoas que almejam um futuro de bem
para a nossa nação e povo, temos a subida obrigação de moldar a personalidade
dos nossos concidadãos, formar o melhor carácter nos nossos alunos e preparar o
futuro dos nossos filhos, com disciplina, amor à Pátria, aos nossos Combatentes
da Liberdade da Pátria, aos nossos Dirigentes, pais, professores, as pessoas
idosas e deficientes respeitando-as e respeitando as nossas diferenças.
Devemos sobretudo, ensinar as nossas crianças a
respeitar as diferenças e a ultrapassar os preconceitos. Cabe as nossas classes
de Elite e aos seus parceiros de desenvolvimento construir escolas no país,
para que a oportunidade de estudar possa ser um privilégio para todos, sem
exceção. Lembrem-se, uma Nação vale pelo que valerem os seus filhos! E à Nação
toda junta, que representa a nossa imagem pelo mundo afora e ela valerá pelo o
que formos capazes de fazer por ela! Dividir para reinar é sinônimo de fracasso
e de retrocesso, que em nada abona a nossa personalidade como dirigentes, mas
antes pelo contrário, adia a construção de paz, união e progresso tão almejada
pelos Guineenses e por todos os amantes da Paz e do Progresso para os Povos!
Infelizmente, quando o sentido de unidade, luta e progresso perde o seu
verdadeiro sentido, as consequências ficam bem patentes na vida e no futuro das
nossas crianças e mulheres!
Aliás, como e bem sabido por todos, são estes
últimos que sofrem mais quando houver o desentendimento no seio dos que lideram
o país. Eles devem trabalhar na união e no entendimento, e bem gerir dos bens
dos nossos recursos naturais para proporcionar os meios básicos, por forma a
garantir uma melhoria de vida para o nosso povo.
Esses são um dos princípios fundamentais da boa
governação! Na verdade, o sentido patriótico é quando se luta para um país
melhor e, não só por interesses individuais.
O provérbio em crioulo diz, “si garandi di casa
ta tchami fidjus tudo ta nhongoli” E quem sofre com tanta mediocridade é o
povo! A Pátria e a representação da nossa origem, da nossa identidade e temos o
direito de trata-la com respeito e consideração que merece, ainda se somos
emigrantes numa outra nação! Ela não deixa de ser a nossa imagem, a nossa
fotografia pelo mundo afora e símbolo do nosso orgulho no estrangeiro. Apesar
da nossa imagem, do nosso orgulho como Guineenses, ter sido espezinhado e
banalizado por aqueles que não possuem um sentido correto do que seja uma
Nação, e o respeito que ela deve representar no quadro das nações, mais são os
que ainda levantam bem alto a bandeira da nossa dignidade, ostentando o nosso
orgulho de sermos um povo que lutou para conquistarmos a nossa própria
identidade, reconstruir a nossa verdadeira história e vivermos dignamente no
seio das Nações! Viva à nossa Pátria Gloriosa!
Por: Sílvia Nunes
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