sábado, 31 de outubro de 2015

Orgulho e a Honra de Ser Guineense


A Pátria se constrói na base de união, amor, paz e patriotismo, não com mentiras, conspirações, intrigas , cobiças assassinos dos supremos ideais políticos duma Nação, para alimentarmos pura e simplesmente o nosso ego pessoal e as nossas ambições mesquinhas de querer fazer história!


Os problemas com que a Nação Guineense tem vindo a debater ao longo de todos os períodos conturbados da sua governação esta no problema de postura, de respeito pela dignidade humana e de amor ao próximo e até mesmo dos esforços consentidos pelos melhores filhos do nosso povo, muitos dos quais irrigaram com o seu próprio sangue os árduos caminhos que conduziram a nossa independência, conquistando com as suas próprias vidas um hino e uma bandeira que hoje desfralda livremente nos céus da nossa Pátria amada símbolo da nossa liberdade e identidade!

Viva a Pátria Gloriosa! Floriu nos céus a bandeira da luta, nos vamos construir na Pátria imortal a Paz e o Progresso! Este é um processo que ninguém pode travar! Os que não tiveram a oportunidade de participar na luta, pelo menos hoje tem a nobre tarefa de participar na reconstrução da Pátria! Tio Bernal pagou o seu quinhão! Que cada um faça como ele!

Cabe a educação militante despertar em nós o verdadeiro sentido patriótico, um sentimento de orgulho, de devolução dos nossos direitos anteriormente espezinhados e devoção à Pátria.

E, aos seus símbolos ( bandeira, hino, respeito para os nossos heróis nacionais, para as datas comemorativas que marcaram os períodos importantes da nossa história e vida do nosso povo! E com isso fazer a história, partindo da nossa própria história respeitando a nossa própria identidade como Guineenses, como africanos!). Daí é que servir o país é sinônimo de abnegação, unidade e solidariedade social com todas as forças vivas da nação na honestidade, sinceridade e respeito mútuo uns para com os outros.

Os que presidem e governam a nação, devem amar o povo e ser solidários com os seus compatriotas, e respeitar o que é nosso, à nossa Pátria Mãe, que nos torna um só povo, ramos dum só tronco, uma só nação.

O idealismo patriótico é lutar sem cessar para um futuro melhor e próspero dos nossos filhos, e para as gerações vindouras, como disse Cabral, “as crianças são as flores da nossa luta e a razão do nosso combate”. Foi exatamente o que disse a minha mãe na conversa que tive com ela na semana passada de que, ela tinha três anos de idade quando Cabral foi a casa da sua mãe ou seja minha avó, para se despedir dela em secreto dizendo-lhe de que ia partir para a luta, e tomando a minha mãe nos braços disse para a minha avó, é por causa destas crianças que vou para a luta, hipotecando a minha vida, para que amanhã elas possam ser mais livres e tenham um futuro melhor! Eu diria que, o gesto de Cabral, foi motivado pelo seu amor à Pátria e ao seu Povo, por isso serviu o seu país ao preço da sua própria vida e, solidarizou-se com os seus compatriotas! Outrossim, a história nos ensina que a união faz a força, e nos adverte para minimizar as nossas ambições pessoais e ultrapassar as nossas diferenças, na busca de objetivos comuns mais nobres e mais altruísticos, tais como: a paz, unidade nacional, estabilidade progresso nacional e amor fraternal.

Este é o melhor caminho a seguir para construirmos a nossa Nação rumo ao desenvolvimento. Oportunidade e partilha de bens e serviços, também e o dever patriótico. Para isso, devemos ser fiel as nossas convicções e, deixar de lado o que nos separa. Devemos basear as nossas caçoes na solidariedade, honestidade, sentido de dever, trabalho de equipa e reconhecimento dos esforços dos outros no cumprimento das suas funções.

Isto já é um gesto de encorajamento e de motivação entre concidadãos. Devemos seguir todos juntos na mesma direção, para podermos progredir para frente, sem causar obstáculos e atropelos ao nosso próximo só com a simples ambição de podermos fazer um NOME, granjear um título, fazer-se Rei que quer ser adorado e admirado por todos outros! Devemos sim, promover e dar oportunidades aos que são capazes de contribuir para uma Guiné-Bissau melhor! Mas isso, sem mentiras, calúnias e nem intrigas.

Como filhos duma mesma nação, ramos do mesmo tronco, olhos da mesma luz, devemos disciplinar os nossos ensejos e comportarmo-nos conforme mandam as regras da deontologia cívica e moral entre os irmãos da mesma Nação.

Nós como pessoas que almejam um futuro de bem para a nossa nação e povo, temos a subida obrigação de moldar a personalidade dos nossos concidadãos, formar o melhor carácter nos nossos alunos e preparar o futuro dos nossos filhos, com disciplina, amor à Pátria, aos nossos Combatentes da Liberdade da Pátria, aos nossos Dirigentes, pais, professores, as pessoas idosas e deficientes respeitando-as e respeitando as nossas diferenças.

Devemos sobretudo, ensinar as nossas crianças a respeitar as diferenças e a ultrapassar os preconceitos. Cabe as nossas classes de Elite e aos seus parceiros de desenvolvimento construir escolas no país, para que a oportunidade de estudar possa ser um privilégio para todos, sem exceção. Lembrem-se, uma Nação vale pelo que valerem os seus filhos! E à Nação toda junta, que representa a nossa imagem pelo mundo afora e ela valerá pelo o que formos capazes de fazer por ela! Dividir para reinar é sinônimo de fracasso e de retrocesso, que em nada abona a nossa personalidade como dirigentes, mas antes pelo contrário, adia a construção de paz, união e progresso tão almejada pelos Guineenses e por todos os amantes da Paz e do Progresso para os Povos! Infelizmente, quando o sentido de unidade, luta e progresso perde o seu verdadeiro sentido, as consequências ficam bem patentes na vida e no futuro das nossas crianças e mulheres!

Aliás, como e bem sabido por todos, são estes últimos que sofrem mais quando houver o desentendimento no seio dos que lideram o país. Eles devem trabalhar na união e no entendimento, e bem gerir dos bens dos nossos recursos naturais para proporcionar os meios básicos, por forma a garantir uma melhoria de vida para o nosso povo.

Esses são um dos princípios fundamentais da boa governação! Na verdade, o sentido patriótico é quando se luta para um país melhor e, não só por interesses individuais.

O provérbio em crioulo diz, “si garandi di casa ta tchami fidjus tudo ta nhongoli” E quem sofre com tanta mediocridade é o povo! A Pátria e a representação da nossa origem, da nossa identidade e temos o direito de trata-la com respeito e consideração que merece, ainda se somos emigrantes numa outra nação! Ela não deixa de ser a nossa imagem, a nossa fotografia pelo mundo afora e símbolo do nosso orgulho no estrangeiro. Apesar da nossa imagem, do nosso orgulho como Guineenses, ter sido espezinhado e banalizado por aqueles que não possuem um sentido correto do que seja uma Nação, e o respeito que ela deve representar no quadro das nações, mais são os que ainda levantam bem alto a bandeira da nossa dignidade, ostentando o nosso orgulho de sermos um povo que lutou para conquistarmos a nossa própria identidade, reconstruir a nossa verdadeira história e vivermos dignamente no seio das Nações! Viva à nossa Pátria Gloriosa!

Por: Sílvia Nunes

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