sexta-feira, 22 de abril de 2016

José Mário Vaz não vai dissolver parlamento guineense


mediaAFP FOTO / SIA KAMBOU
O Presidente guineense José Mário Vaz disse não tencionar dissolver o Parlamento, mas não esclareceu se vai ou não demitir o governo.
"Reitero mais uma vez que não tenciono dissolver a Assembleia Nacional Popular (ANP) e, consequentemente, convocar eleições legislativas antecipadas", afirmou o chefe de Estado guineense.
Num discurso aguardado há vários dias, o Presidente guineense teceu, de forma implícita, criticas ao Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), partido no poder, acusando-o de ser um elemento de bloqueio político no país.
José Mário Vaz fez um discurso de mais de 30 minutos perante os parlamentares, mas não deixou claro se vai ou não demitir o actual Governo como era especulado por sectores políticos. O Presidente disse apenas e de forma clara que não tenciona dissolver o Parlamento pelo que convida aquele órgão a voltar a funcionar normalmente depois de mais de três meses de impasse.
Presidente guineense, José Mário Vaz19/04/2016Ouvir
O líder do PAIGC, o antigo primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira concorda com parte do discurso de José Mário Vaz sobretudo quando o Presidente decidiu remeter para o Parlamento a resolução da crise política no país.
Líder do PAIGC, Domingos Simoes Pereira19/04/2016Ouvir
Em nome dos 15 deputados do PAIGC que tinham sido expulsos do parlamento, mas reintegrados pela justiça, Braima Camara preferiu elogiar o discurso de José Mário Vaz que disse ser um patriota e visionário.
Deputado do PAIGC, Braima Camara19/04/2016Ouvir
O principal partido da oposição guineense também aplaudiu o discurso de José Mário Vaz. O líder do PRS Certorio Biote que lembra que tal como defendeu o Presidente a solução para a crise encontra-se no campo político.
Líder do PRS, Certorio Biote19/04/2016Ouvir
Todas estas declarações foram recolhidas pelo nosso correspondente em Bissau, Mussá Baldé.
No exterior, dezenas de soldados da Guarda Nacional patrulhavam as imediações e o acesso às instalações do Parlamento.
Para entrar na sede do Parlamento, as pessoas foram submetidas, nomeadamente, a uma revista com o recurso a detectores de metal.

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